Teorema de Schwarz (Clairaut)

Quando temos \partial_x\partial_y \phi = \partial_y\partial_x\phi  ? Bem, este é o conteúdo do chamado Teorema de Schwarz, ou de  Clairaut, depende da fonte. Eu recomendo a seção 8.23 do Volume 2 do Apostol, há uma boa discussão lá. O verbete de wikipedia

https://en.wikipedia.org/wiki/Symmetry_of_second_derivatives

também tem referência boas. Essencialmente, o teorema afirma que é suficiente termos \partial_x \phi  , \partial_y \phi  e \partial_x \partial_y \phi  bem definidas em um aberto D\in \mathbb{R}^2  para garantirmos que \partial_y\partial_x \phi  exista nesse aberto e, ademais, \partial_x\partial_y \phi = \partial_y\partial_x\phi  .

Obviamente, uma função para a qual \partial_x\partial_y \phi \ne \partial_y\partial_x\phi  não deve estar coberta pelas condições do teorema. O exemplo de função com \partial_x\partial_y \phi \ne \partial_y\partial_x\phi  apresentado na wikipedia é o mesmo do Apostol. Trata-se da função

  \phi =   \frac{xy^3-x^3y}{x^2+y^2},

para (x,y)\ne (0,0)  e \phi = 0   para (x,y) = (0,0). É uma função contínua de duas variáveis, veja seu gráfico aqui, gerado no WolfamAlpha com este comando simples.

Porém, como está no Apostol, temos para esta função \partial_x \phi(0,y) = y  e \partial_y \phi(x,0) = -x  , de onde conclui-se que \partial_x\partial_y \phi(0,0) = -1 \ne  \partial_y\partial_x \phi(0,0) = 1 (mostrem!).

Por que o teorema “falha” neste caso? Pensem…